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Guia de Introdução ao AvancePesquisarÍndiceGlossárioConteúdoInício
 
 
Introdução ao sistema de bloqueio
Esta secção foi incluída para fornecer um entendimento básico dos princípios do sistema de bloqueio ao utilizador. Os aspetos práticos, p. ex., como bloquear efetivamente a amostra, serão abordados na secção .
O objetivo do  sistema de bloqueio é assegurar que a intensidade do campo magnético em redor da amostra não é alterada durante uma experiência ou que o campo não é modulado por perturbações externas. A análise de NMR envolve a medição da frequência precisa de sinais emitidos pela amostra. As frequências destes sinais são diretamente proporcionais à intensidade do campo magnético, ou seja, se a intensidade do campo variar, também varia a frequência emitida. Por conseguinte, o utilizador deve assegurar que a intensidade do campo magnético é sempre mantida precisamente no mesmo valor, um processo que se denomina " bloquear" a amostra. O sistema de bloqueioé essencialmente um espectrómetro distinto, concebido para observar deutério. É importante assinalar que os sinais emitidos pelo deutério são tipicamente muito diferentes das frequências de interesse. No entanto, se a frequência de deutério não for adequada, é possível utilizar um  bloqueio de flúor (19F). Uma vez que representa o bloqueio mais popular, apenas o bloqueio de deutério será descrito nesta secção, mas o leitor deve ter em conta que os fundamentos do bloqueio de deutério e de flúor são idênticos.
Nos sistemas AVANCE, o BSMS fornece o hardware necessário para implementar o bloqueio e um módulo de deutério distinto no HPPR  transmite e recebe os sinais de bloqueio. Obviamente, é necessário introduzir uma determinada quantidade de deutério nas amostras para análise. Isto é facilmente efetuado ao dissolver a amostra num solvente deuterizado. Um  solvente deuterizado consiste num solvente em que uma larga percentagem dos átomos de hidrogénio foi substituída por deutério. Os solventes deuterizados de utilização mais frequente são a acetona-d6, benzeno-d6, clorofórmio-d e DMSO-d6, embora estejam disponíveis muitos outros solventes. A amostra que será utilizada neste manual para ilustrar algumas técnicas de NMR básicas é antranilato de mentilo em DMSO-d6.
A frequência dos sinais emitidos pelo deutério para um íman de uma dimensão específica é conhecida com precisão. Assim, se a intensidade do campo magnético estiver correta, todos os núcleos de deutério na amostra deverão emitir esta frequência exata. Se a intensidade do íman variar, a frequência de deutério também varia. O  sistema de bloqueio utiliza um recetor (localizado no bastidor do BSMS) para monitorizar a frequência de deutério e ajustar a intensidade do campo magnético em conformidade.
O recetor no sistema de bloqueio foi concebido de forma a não efetuar ajustes no campo quando a intensidade do campo está correta (ou seja, é detetada a frequência de deutério correta). No entanto, se a intensidade do campo variar (deriva ), é alterada a corrente numa bobina especial (a bobina H0), localizada no interior do sistema de homogeneização do íman, com o objetivo de repor a intensidade do campo no valor correto. A frequência de deutério é medida vários milhares de vezes por segundo. Assim, desde que o sistema esteja bloqueado, o utilizador pode ter a certeza que o campo é mantido a uma intensidade constante durante a aquisição.
Entrada do glossário: solvente deuterizado
Um solvente deuterizado consiste num solvente em que uma larga percentagem dos átomos de hidrogénio foi substituída por deutério. Os solventes deuterizados de utilização mais frequente são a acetona-d6, benzeno-d6, clorofórmio-d e DMSO-d6, embora estejam disponíveis muitos outros solventes.